A Grande Verdade Sobre Metragens

O isolamento social provocou uma busca das famílias por imóveis mais práticos, mas também, uma demanda muito forte por imóveis com áreas para escritórios, empreendimentos com coworking e derivados, acabaram se tornando um atrativo muito interessante para os consumidores de imóveis.

Foi observado uma grande busca por imóveis maiores que já estavam no mercado há mais tempo, e que nesse cenário acabaram sendo alugados ou vendidos, reduzindo grandemente os estoques de todo o Brasil.

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Para analisarmos a fundo essa questão, precisamos entender a diferença entre OPORTUNIDADE e NECESSIDADE. 

A grande busca por imóveis de maior metragem, que aconteceu principalmente entre chefes de família com idade acima dos 40 anos, vai muito além do mero desejo pelo “Upgrade”.

A verdade é que estes imóveis tiveram sua grande chance agora, neste momento, onde estas famílias que estavam recolhidas em seus imóveis, foram obrigadas a conviver com condições muito diversas, que passaram a ser encaradas diariamente. Querem um exemplo bem simples? Aquela porta do armário que rangia. Nas condições normais, esse detalhe poderia passar facilmente despercebido, mas com a super convivência e a inevitável “homeofficerização” dos lares, pormenores deste tipo acabam tornando-se intoleráveis, e, portanto, gerando todas as reformas, consertos e mudanças que assistimos nos últimos meses.

Neste ínterim, os holofotes voltaram-se para os astros da vez: imóveis maiores, que já estavam há bastante tempo no mercado, e que justamente por conta da compactação que tem ocorrido na vida das famílias, estavam severamente desvalorizados, e neste contexto, configuram-se em OPORTUNIDADES imperdíveis. Casas com padrões de muita qualidade, com mais espaço, agora estavam ao alcance do bolso dos consumidores, ainda mais com a taxa de juros mais baixa da história. 

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É de imperativa necessidade que nós estejamos atentos a todos os fatores que cercam essa nova demanda oriunda da pandemia: as pessoas passaram a alugar e comprar imóveis maiores não por conta de necessidade, mas sim, da oportunidade! Nas condições normais, e no valor de mercado real que esses imóveis possuem, eles simplesmente continuariam em grande parte estocados, a demanda não seria a mesma! Pois as famílias poderiam sentir até o desejo, mas mesmo com a pandemia e o isolamento social, eles entenderiam faltar condições financeiras e não haver NECESSIDADE deste espaço extra.

O futuro imediato do mercado imobiliário para novos lançamentos preconiza mais o uso da inteligência nos projetos e plantas baixas das áreas privativas para ofertar mais sensação de amplitude e espaço do que aumento real de metragens que na verdade “estrangula” a demanda, em virtude da necessidade de rendas maiores para adquirir imóveis maiores.

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A grande verdade é que as famílias não estão preocupadas com metragens e sim com viver bem em imóveis, casas ou apartamentos, que não tragam junto uma conta de condomínio acima do que as famílias podem pagar! Inclusive isso já aconteceu no passado recente entre 2000 e 2010 com os famosos condomínios clube que já caíram em desuso, enfim, cuidado com excessos em imóveis, os hábitos de compra de imóveis do futuro não admitem excessos nos imóveis e condomínios. Bem vindos ao futuro, ele já chegou!

Marcus Araujo é CEO e Fundador da Datastore; Autor do Livro futurista “Meu Imóvel Meu Mundo”; Estatístico; criador do algoritmo que pesquisou 610 bilhões em VGV.


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Marcus Araujo